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IEP lança estudo sobre patenteamento de tecnologias de impressão 3D

Os pedidos de patentes globais em tecnologias de impressão 3D cresceram a uma taxa média anual de 26,3 por cento.
19 set 2023, 09:46
IEP lança estudo sobre patenteamento de tecnologias de impressão 3D
IEP lança estudo sobre patenteamento de tecnologias de impressão 3D

O Instituto Europeu de Patentes (IEP) lançou hoje um estudo que revela que a inovação no fabrico aditivo, também conhecido como impressão 3D, aumentou na última década. O estudo concluiu que entre 2013 e 2020, os pedidos de patentes globais em tecnologias de impressão 3D cresceram a uma taxa média anual de 26,3% – a um ritmo quase oito vezes superior ao de todos os domínios tecnológicos combinados no período homólogo (3,3%).

Portugal foi responsável por 34 famílias de patentes internacionais (FPI) neste período. Os pedidos de patentes portugueses em tecnologias de impressão 3D verificam-se principalmente no setor da medicina e da saúde, em particular na área dos implantes e próteses impressos em 3D (com 12 FPI nesse domínio, uma quota de 0,3% do total global), e em órgãos e tecidos artificiais (10 FPI, quota de 0,5%). As universidades também dão um contributo importante para a impressão 3D em Portugal, sendo muitas delas especializadas num determinado domínio de impressão 3D. Estas incluem a Universidade de Coimbra, a Universidade do Minho, a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade do Porto.


Tendência global no patenteamento de tecnologias de impressão 3D

A Europa e os EUA estão à frente na corrida mundial à inovação da impressão 3D. Os EUA ocupam a posição de liderança, com 39,8% de todas as FPI relacionadas com o fabrico aditivo entre 2001 e 2020. A Europa (39 Estados-Membros do IEP) vem logo a seguir com uma quota de 32,9%. Em conjunto, estas regiões representam praticamente três quartos da inovação em impressão 3D em todo o mundo. O Japão representa 13,9% de todas as FPI para impressão 3D, ao passo que a China e a Coreia do Sul representam 3,7% e 3,1%, respetivamente.

Na Europa, a Alemanha emergiu como líder incontestável em matéria de inovação nas tecnologias de impressão 3D, representando 41% da quota da Europa (Estados-Membros do IEP) entre 2001 e 2020, com 6700 FPI. França ocupa a segunda posição com uma quota de 12% (1938 FPI), seguida pelo Reino Unido (12%; 1925 FPI).

As empresas americanas, europeias e japonesas estão entre os principais requerentes de patentes de impressão 3D, com a General Electric, a Raytheon Technologies e a HP nos três primeiros lugares. A Siemens, na quarta posição, é o interveniente mais forte da Europa, com quase 1000 FPI. Embora a lista de das s principais empresas seja dominada por grandes empresas de engenharia de vários setores, o ecossistema de inovação do em fabrico aditivo consiste em várias empresas especializadas em impressão 3D e num cenário promissor de start-ups, como evidenciado pela variedade de entidades mais pequenas observadas nas estatísticas do IEP.  

No período em análise, o mercado de impressão 3D também se tornou mais diversificado. Enquanto anteriormente os principais intervenientes eram empresas de engenharia estabelecidas, estão também agora a surgir muitas start-ups e empresas de fabrico aditivo especializadas. No total, mais de 50 000 invenções associadas a tecnologias de impressão 3D foram protegidas por FPI em todo o mundo desde 2001.

Este relatório mostra a importância da impressão 3D para promover a inovação e a sustentabilidade em todos os setores à escala global. Surge na sequência da publicação do primeiro relatório do IEP sobre patentes e impressão 3D em julho de 2020, que se concentrou exclusivamente em patentes europeias.


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