IEP revela vencedores do Prémio Inventor Europeu 2023

O Instituto Europeu de Patentes (IEP) revelou hoje os vencedores do Prémio Inventor Europeu 2023.

Numa cerimónia transmitida online, guiada uma vez mais pela portuguesa Filomena Cautela, foram dados a conhecer os inventores que se destacaram nas categorias - Indústria, Pequenas e Médias Empresas (PME), Países não-IEP, Investigação e Jovens Inventores.

Na categoria “Indústria”, o primeiro prémio foi entregue à equipa de Pia Bergström, Annika Malm, Jukka Myllyoja, Jukka-Pekka Pasanen e Blanka Toukoniitty, inventores finlandeses que desenvolveram um processo único que converte resíduos e detritos vegetais e animais em produtos renováveis, como o combustível.

Na categoria “PME”, a dupla vencedora é composta por Rhona Togher e Eimear O'Carroll, responsáveis pela invenção de uma solução que reduz o ruído com recurso a um material acústico avançado. As físicas, naturais da Irlanda, desenvolveram uma solução de amortecimento do som com um material avançado que é adequado a diferentes aplicações que vão desde a indústria aeroespacial à automóvel.

Na categoria “Países não-IEP”, o inventor chinês Kai Wu e a sua equipa foram os vencedores com a invenção de baterias de iões de lítio que reduzem os riscos de incêndio e explosão. Os cientistas foram pioneiros na introdução de uma série de características destinadas a melhorar a segurança e o desempenho das baterias de iões de lítio, contribuindo para a transição para um sistema automóvel mais limpo.

Na categoria “Investigação”, Patricia de Rango, Daniel Fruchart, Albin Chaise, Michel Jehan e Nataliya Skryabina foram os distinguidos com o primeiro prémio pela invenção de uma forma segura e sustentável de armazenar hidrogénio. A equipa multidisciplinar francesa foi pioneira na invenção de um método de armazenamento de hidrogénio sob a forma de um disco sólido, tornando-o mais seguro e fácil de armazenar e transportar.

O Prémio Jovens Inventores foi atribuído a Richard Turere, que desenvolveu um sistema de iluminação acessível para salvar tanto o gado como os predadores. O jovem queniano inventou um sistema para dissuadir os leões de atacar o gado, evitando conflitos entre humanos e animais selvagens, ajudando a aumentar a população de leões no seu país.

A jovem inventora portuguesa Filipa Rocha ficou em segundo lugar nesta categoria. A engenheira informática inventou um sistema de codificação baseado em blocos e uma linguagem de programação para facilitar o acesso à educação digital por crianças com deficiência visual. Para além da distinção, a jovem inventora recebeu o montante de 10.000 euros.

Esta categoria tem como objetivo reconhecer jovens inovadores com idade igual ou inferior a 30 anos que tenham desenvolvido soluções tecnológicas para resolver problemas globais e ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O trabalho da jovem inventora na melhoria do acesso à educação contribui para o ODS 4: Educação de qualidade e para o ODS 10: Redução das desigualdades.

A distinção para o inventor mais popular foi entregue à equipa francesa que venceu na categoria “Investigação”.

Foi ainda entregue o prémio Carreira a Avelino Corma Canós, químico espanhol pioneiro no domínio dos catalisadores. O Instituto de Tecnologia Química, uma instituição que cofundou para impulsionar a investigação química nos domínios da energia, sustentabilidade, saúde e água, faz parte do seu legado.

Os galardoados foram selecionados por um júri independente composto por autoridades internacionais do setor empresarial, político e da ciência, academia e investigação, que avaliam as propostas em contexto de progresso técnico, desenvolvimento social, prosperidade económica e criação de empregos na Europa.

O Prémio Inventor Europeu é um dos prémios de inovação mais prestigiados da Europa. Lançado pelo IEP em 2006, esta cerimónia homenageia inventores individuais e equipas de inventores cujas invenções pioneiras fornecem respostas para alguns dos maiores desafios de nossos tempos.