Índice Global de Inovação (GII) 2020
Publicado pela OMPI, Cornell University, INSEAD e a Confederação da Indústria Indiana, a Dassault Systèmes e a Confederação Nacional da Indústria do Brasil.
O GII 2020 classifica o desempenho da inovação de 131 países e economias em todo o mundo, com base em 80 indicadores, e constitui uma ferramenta de referência, que facilita o diálogo entre os setores público e privado e ajuda os responsáveis políticos, empresários e outras partes interessadas a avaliar anualmente os progressos da inovação.
O GII deste ano é dedicado ao tema “Quem financiará a Inovação? Uma questão-chave é determinar quais as repercussões económicas da COVID-19 nas start-ups, no capital de risco e noutras fontes tradicionais de financiamento da inovação.
Os governos de muitos países já estão a implementar planos de ajuda urgentes para diminuir o impacto do confinamento e lidar com a recessão que se aproxima. O relatório determina que futuras medidas de apoio devem priorizar e aumentar o apoio à inovação, especialmente para as pequenas empresas e as start-ups, que têm dificuldade em aceder a esses planos de ajuda.
De acordo com o GII 2020, a Suíça é o país mais inovador do mundo, seguido pela Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Singapura, Alemanha e República da Coreia. Portugal subiu uma posição em relação a 2019, passando a ocupar o 31.º lugar.
Os países mais inovadores nas suas regiões são: Suíça (Europa), Singapura (Sudeste Asiático, Ásia Oriental e Oceânia), Israel (África do Norte e Ásia Ocidental), África do Sul/Maurício (África-subsaariana), Índia (Ásia Central e do Sul), Chile (América Latina e Caraíbas) e EUA (América do Norte).
As seis principais conclusões do GII 2020 apontam para:
- o impacto que a crise da COVID-19 terá na inovação e a necessidade dos líderes reagirem ao passarem do confinamento ao relançamento económico;
- uma diminuição do financiamento da inovação com a crise atual, embora persista a esperança;
- uma mudança do panorama global da inovação, constatando-se uma franca ascensão da China, Vietnam, Índia e Filipinas;
- o excelente desempenho em matéria de inovação nas economias em desenvolvimento;
- uma persistência das divisões regionais, com algumas economias a evidenciarem um potencial de inovação significativo; e
- uma concentração da inovação em clusters de ciência e tecnologia em determinadas economias de alta renda, principalmente, na China.