Portugal no grupo de Inovadores Fortes no EIS 2020
A Comissão Europeia divulgou o European Innovation Scoreboard 2020, que revela que o desempenho da inovação continua a melhorar em toda a UE.
De acordo com a edição de 2020 do European Innovation Scoreboard (EIS), Portugal integra pela primeira vez o grupo dos Inovadores Fortes, constituído pela Alemanha, Áustria, Bélgica, Estónia, França e Irlanda.
A Suécia ocupa o primeiro lugar no ranking da UE, seguida pela Finlândia, Dinamarca, Holanda e Luxemburgo, que fazem parte do grupo dos Líderes de Inovação.
Este ranking enquadra os países da UE em quatro grupos – Líderes de Inovação (desempenho acima de 125% da média da UE), Inovadores Fortes (desempenho entre 95% e 125% da média da UE), Inovadores Moderados (desempenho entre 50% e 95% da média da UE) e Inovadores Modestos (desempenho abaixo de 50% da média da UE).
O EIS mostra que o desempenho da inovação na UE aumentou 8,9% entre 2012 e 2019 e que esta ocupa a quinta posição no ranking internacional, à frente dos EUA e da China. Portugal foi um dos países que mais melhorou o seu desempenho, no mesmo período, com um crescimento de 21,5%.
O EIS é publicado anualmente pela Comissão Europeia, desde 2001, e oferece uma análise comparativa do desempenho da investigação e inovação (I&I) nos Estados Membros da UE. Avalia os pontos fortes e fracos dos sistemas nacionais de I&I, ajudando assim os países a identificar as áreas em que precisam de concentrar esforços para melhorar o seu desempenho.
Os “inovadores” (designadamente as PME inovadoras), o “ambiente favorável à inovação” e “as condições (sistemas) atrativas para a investigação” são as dimensões de inovação mais fortes em Portugal. Os indicadores com uma avaliação acima da média, são as “PME que inovam internamente” e as “PME que “inovam em produtos e processos”, no que respeita aos “inovadores”, a “penetração da banda larga” relativamente ao “ambiente favorável à inovação”, e os “estudantes estrangeiros de doutoramento”, no âmbito das “condições atrativas da investigação”.
Quanto aos indicadores para os quais Portugal ainda tem espaço para melhorar, estes prendem-se com os “impactos nas vendas”, “interações” (linkage) e “ativos intelectuais”. Nos “ativos intelectuais”, a média da UE diminuiu 6,6% entre 2012 e 2019, mas Portugal registou um aumento de 1,7% em relação a igual período.
Quanto a outros indicadores relevantes, o indicador dos “pedidos de patentes PCT” aumentou 6,7%, o dos “pedidos de design” sofreu um decréscimo de 30%, mas o dos “pedidos de marcas” registou um aumento muito significativo de 32,6%, estando agora sensivelmente ao nível da média da UE.
Consulte o European Innovation Scoreboard 2020, aqui